segunda-feira, 25 de maio de 2009

Grupo holandês de olho no potencial do litoral de Maricá

Cidades

Publicado em 25/04/2009


Luiz Gustavo Schmitt

Empresários holandeses do setor naval da empresa Huisman do Brasil, especializada em manutenção e construção de equipamentos navais, estão de olho em Maricá. Eles negociam com o prefeito Washington Quaquá a construção de um estaleiro na Praia de Jaconé, num terreno de 240 mil metros quadrados. De acordo com o diretor técnico da empresa, Johan Zondervan, o investimento seria de cerca de R$ 220 milhões, com a geração de 500 empregos diretos. Entretanto, tudo ainda depende da liberação de licenças ambientais e de recursos do governo federal para a construção de um entroncamento (arrecife artificial), que proteja as instalações navais do mar agitado da região. Confira o vídeo

Para viabilizar o projeto, na próxima quinta-feira Quaquá irá a Brasília se reunir com o subsecretário de Assuntos Federativos da Presidência da República, Alexandre Padilha.

"Vou ter uma reunião com o grupo de trabalho de portos do Brasil. Uma das possibilidades seria viabilizar esses recursos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), já que o desenvolvimento de infraestrutura para o setor naval é uma prioridade para o presidente Lula, tendo em vista a exploração do Pré-Sal", disse.

Na última quinta-feira, os holandeses puderam avaliar de perto, durante um voo de helicóptero sobre Maricá, a possibilidade de viabilizar o projeto. Extasiado com a beleza das lagoas e praias, o diretor da Huisman, David Rodenburg, disse ter gostado muito do que viu, mas pediu a construção de entroncamentos com recursos públicos e agilidade na liberação das licenças ambientais.

"Gostamos da região, que além de ter um bom calado (profundidade para que o navio possa atracar), também está próxima das bacias de Campos e de Santos, e da cidade do Rio de Janeiro, que conta com universidades e mão-de-obra qualificada. Além disso, a cidade é muito bonita e conta com boa infraestrutura para a moradia de nossos funcionários", disse David, que acrescentou.

"Cada um tem de fazer sua parte. Vamos gerar os empregos e pagar os impostos. Mas ao governo cabe melhorar as condições do mar, além de liberar as licenças ambientais. Sem isso, a construção do estaleiro seria inviável", frisou.


Mais royalties - A proximidade com o campo de Tupi, no Pré-Sal, que se encontraria em frente ao município, deve enquadrá-lo numa zona principal dos produtores de petróleo e dar uma guinada nos repasses de royalties para a cidade. A estimativa do prefeito é que esse dinheiro salte dos atuais R$ 400 mil mensais para algo em torno de R$ 12 milhões em 2010, o que elevaria, e muito, a arrecadação total do município, que hoje está na casa dos R$ 8 milhões mensais.

"A tendência é a de que Maricá seja o terceiro município em arrecadação de royalties do Estado. Com o advento do Comperj, queremos transformar Jaconé num polo da indústria naval e off-shore. A maior prova disso é que outros estaleiros como Atlântico Sul e Queiroz Galvão também já nos procuraram e mostraram interesse em investir aqui", disse Quaquá.




O Fluminense

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